Abstract
Uma sociedade pode ser vista sob dois aspectos aparentementeopostos - os fatores de manutenção da ordem social, relacionados às
tradições, e suas forças de transformação, relacionadas à mudança social.
Georges Balandier (1976) afirmava que existem setores da sociedade que
em matéria de mudança, intensidade e rapidez podem ser dividos em lentos
(religião; arranjos culturais, que definem a nação ou uma etnia, dando-lhe o
modo de ser e a sua personalidade) e os que são rápidos (o saber científico
e a tecnologia, a economia, as técnicas de governo, de administração dos
homens e das coisas). Esta idéia pode parecer contraditória, já que no Brasil,
tudo que se refere à governos e adminstrações parecem não mudar. No
entanto, é preciso lembrar a tradição não é incompatível com a mudança, do
mesmo modo que a mudança não o é com uma continuidade.
O presente artigo pretende levantar algumas questões sobre o que
significa a organização da sociedade em movimentos sociais na perspectiva da
busca por direitos e sua relação com a democratização estatal. Tal abordagem
é necessária, porque embora se fale muito a respeito da democratização,
muitas vezes é deixado de lado a discussão sobre como os indivíduos se
organizam e se mobilizam na busca por direitos.
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