Abstract
O presente artigo examina a maneira como João Filopono se apropria da noção aristotélica de phantasía no seu comentário ao De anima de Aristóteles. O objetivo deste exame é mostrar a articulação entre a recepção e interpretação de Filopono a respeito da phantasía e as estratégias de defesa da incorruptibilidade e impassibilidade do intelecto elaboradas pelo comentador. Com isso, esperamos lançar alguma luz sobre a complexa trajetória de transmissão da referida noção e problematizar, ainda que em linhas muito gerais, a tentativa de estabelecer correspondência significativa entre a disputa pelo sentido da phantasía aristotélica no século VI (Filopono e Simplício) e no século XX (M. Schofield, M. C. Nussbaum e D. Modrak).
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