Abstract
Este artigo pretende evidenciar a relação entre o hedonismo e a educação – sobretudo a educação moral – dentro do pensamento de Mill. Primeiramente, mostrarei que sua noção de felicidade é mais complexa que a de seus predecessores utilitaristas (sobretudo a de Bentham) e que seu hedonismo qualitativo concebe os prazeres resultantes das capacidades tipicamente humanas como sendo os melhores prazeres e também os constituintes de modos de vida mais felizes. Na sequência, discutirei duas objeções ao hedonismo de Mill. Na seção seguinte, apresentarei como a educação é necessária para a formação dos juízes competentes, aqueles agentes capazes de julgar quais prazeres são superiores e quais são inferiores. Tratarei brevemente do papel da liberdade neste contexto. Concluirei que, para Mill, as pessoas mais educadas tendem a ser mais felizes e mais aptas a realizar toda espécie de juízos (em especial, aqueles sobre a natureza dos prazeres); de modo que a sociedade tem fortes razões para oferecer a todos os agentes a oportunidade para se desenvolverem e para satisfazerem as condições necessárias para atingirem a felicidade e realizarem tais juízos.Downloads
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