Resumo
O objetivo deste artigo é de conceder aos seus leitores possíveis os pressupostos interpretativos sem os quais a compreensibilidade do objeto da lógica (ens rationis) não se poderia evidenciar. Efetivamente, este artigo, somente no final, após a tematização expressa desses pressupostos ter sido realizada, tangencia à consideração do ente de razão de segunda intenção, que é, propriamente, o objeto da lógica. Por consequência, pode-se afirmar que, neste estudo, estarão expostas as considerações preliminares mediante as quais se compreende, facilmente, a asserção tomasiana (de lógica clássica) de acordo com a qual o universo objetivo da lógica se reduz a uma típica mui específica de entes, que são, propriamente, os entes de razão. A fim de que isso se alcançasse, tratou-se dos conceitos de vontade, de entendimento, de espécie inteligível, de intencionalidade, de intenção compreendida (intensio intellecta), e de mais uns outros. Após tal excurso introdutório, na última seção, demonstrou-se que o objeto da lógica não pode ser outra que não o ente ideal, por excelência, que é o ente de razão de segunda intenção.
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