Abstract
Em City and Man, Leo Strauss incide em um grave erro de interpretação da República, de Platão, cuja raiz é uma compreensão equivocada da analogia entre cidade e alma presente na obra. O que a análise do texto de Strauss mostra é que, ao conferir um caráter demasiadamente estrito à analogia, acaba por adotar uma concepção sobre a classe dos artesãos presente na cidade construída com o lógos na República que é, no mínimo, injusta. Strauss nomeia os indivíduos pertencentes à essa classe como “money-makers” e os caracteriza como incapazes de ter as virtudes cívicas fundamentais. A retificação da interpretação de Strauss depende, fundamentalmente, da consideração do papel da educação pela mousiké e pela gymnastiké apresentadas na República e da intenção do autor, Platão, de que seja estendida a todas as classes. Só tal extensão pode resolver os aparentes impasses presentes na obra, os quais levam Strauss a se desviar de sua correta interpretação.Downloads
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