Abstract
Apesar de não haver um consenso na psicologia cognitiva e na neurociência contemporânea, o presente artigo parte do pressuposto de que há - pelo menos em termos descritivos - uma memória corporal que abrange o conjunto de habilidades, disposições e hábitos que podemos perceber em ações irrefletidas tais como tocar um instrumento, dirigir um veículo, digitar em um teclado, etc. Apoiados principalmente na noção de Intencionalidade Operante, assim descrita por Maurice Merleau-Ponty na Fenomenologia da Percepção (1945), e na distinção entre Implicit Memory e Explicit Memory (FUCHS, 2012; SCHACTER, 1996) nosso intuito aqui é de demonstrar que, para além da memória de cunho representacional, há um tipo de memória que podemos compreender como corporal e intraduzível em termos proposicionais.Downloads
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