O absoluto do bem, o tempo e o mal, em A cidade de Deus, de Santo Agostinho
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Como Citar

Pereira, A. J. P. (2019). O absoluto do bem, o tempo e o mal, em A cidade de Deus, de Santo Agostinho. Synesis (ISSN 1984-6754), 11(1), 1–19. Recuperado de https://seer.ucp.br/seer/index.php/synesis/article/view/1631

Resumo

Na fidelidade à intuição platónica de um absoluto de actualidade híper-ôntica, híper-onto-lógica, metaforizada nas diferentes imagens do bem-sol presentes na Politeia, de que tudo retira necessariamente a sua possibilidade de ser, Agostinho de Hipona, aponta para uma trans-realidade absoluta, absolutamente metafísica, que é absoluta origem de toda a onticidade própria deste que é o mundo em que os seres humanos se encontram. É na relação de total dependência principial com esta trans-realidade que se encontra a possibilidade do âmago ôntico de isso que é o mundo, o mesmo movimento, absoluto dado em e por tal relação e que é isso que produz tempo e espaço. Nada na pureza da relação atenta contra a perfeição realizável da possibilidade de positividade ontológica a realizar no mundo (que é a própria matriz da divina cidade), mas da mesma perfeição criatural específica de um determinado grupo faz parte a possibilidade de perversão, por negação, da pureza do laço metafísico com o absoluto da possibilidade de positividade ontológica: tal é a origem do mal.

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