Abstract
Fundadas no discurso do desenvolvimento das potencialidades humanas, as iniciativas de economia solidária são reconhecidas como verdadeiras conquistas, uma vez que representariam uma resposta concreta à incapacidade do capitalismo de integrar todos os seus membros ao mercado de consumo. Ainda que francamente atrelada a um novo modo de organização do trabalho, a economia solidária possui um vasto campo de alcance, sendo a criação de cooperativas de crédito, bancos comunitários e moedas sociais, exemplos de iniciativas que evidenciam a mobilização da sociedade civil e mesmo de atores privados e estatais na busca pela inclusão e autogestão. Neste viés, objetiva-se no presente estudo uma incursão na realidade de dois bancos comunitários do Estado do Rio de Janeiro: O Banco Preventório, no Município de Niterói/RJ e o Banco Comunitário Popular de Maricá, no Município de Márica/RJ. Nesta dinâmica, pretende-se lançar um olhar especial sobre a experiência coletiva dessas realidades, de modo a verificar a presença das estruturas de redistribuição e de reciprocidade no centro das iniciativas em apreço.