O paradigma político ocidental e a máquina bipolar: do poder jurídico-político ao triunfo do poder econômico-governamental
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Como Citar

Costa, W. (2019). O paradigma político ocidental e a máquina bipolar: do poder jurídico-político ao triunfo do poder econômico-governamental. Synesis (ISSN 1984-6754), 11(1), 179–204. Recuperado de https://seer.ucp.br/seer/index.php/synesis/article/view/1626

Resumo

Pretendemos, neste trabalho, analisar como Giorgio Agamben constitui a hipótese de que o paradigma político Ocidental é composto por uma encruzilhada entre as máquinas jurídico-política e a econômico-governamental. Para percorrer a genealogia de tal discussão, nosso trabalho é constituído por duas dimensões: primeiramente, voltamo-nos ao exame das fontes do Direito Romano, buscando encontrar como a máquina jurídico-política se estabelece nas dimensões da bipolaridade auctoritas e potestas e difunde a teoria da soberania a partir de sua condição biopolítica; na sequência, para ilustrar o nexo da máquina econômico-governamental, seguimos a genealogia teofilosófica de Agamben, com o intuito de mostrar os poros de cruzamentos existentes entre a teologia, a política, a economia, o governo e a filosofia. Intentamo-nos, nesse último caso, mostrar como a teoria moderna da economia é fruto de um enredo cujas dimensões são oriundas de fontes teológicas, de modo que, até o triunfo da economia moderna, foram necessários diversos intercâmbios e incorporações por parte da política e do direito em relação aos instrumentos litúrgicos da cristandade. Desse modo, buscamos, aqui, compreender em que circunstâncias Agamben alinhava seu pensamento a partir da tese de que os dispositivos de glória e de soberania permanecem entrelaçados em uma correlação bipolar, cujas implicações recaem sobre a vida dos homens
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