Resumo
Este artigo tem o objetivo de articular a crítica feita por Peter Sloterdijk em Esferas I, de 1998, à insuficiência da tematização do problema da espacialidade em Ser e tempo, obra de Martin Heidegger publicada em 1927, explicitando a solução que Sloterdijk oferece ao recuperar aquilo que, para ele, estava prenhe na obra heideggeriana, isto é, o desenvolvimento apropriado da questão da espacialidade. Nos reportamos primeiramente aos parágrafos em que Heidegger disserta sobre a espacialidade em Ser e tempo para servir de base à crítica que Sloterdijk constrói em Esferas I. Em seguida, recuperamos certa influência teórica que Heidegger sofreu do biólogo estoniano Jakob von Uexküll e do teórico da história Wilhelm Dilthey sobre as noções de vida e mundo ambiente (Umwelt), junto à exposição do conceito de vida fática em Ontologia: Hermenêutica da facticidade. Por fim, a partir da relação entre vida e existência, nos voltamos à obra de Sloterdijk para compreender o que está implicado no conceito de “esfera”, via aberta, segundo Sloterdijk, a partir da rearticulação dos problemas da vida e da espacialidade nos escritos de juventude de Heidegger.Downloads
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