REFORMA DO PROCEDIMENTO DE SELEÇÃO DE JUÍZES DE TRIBUNAIS CONSTITUCIONAIS E DIÁLOGO JUDICIAL
PDF/A (English)

Palavras-chave

Justiça constitucional
Diálogo judicial.
Tribunais constitucionais
Juízes.
Seleção competitiva

Como Citar

Bzova, L., & Shcherbanyuk, O. (2025). REFORMA DO PROCEDIMENTO DE SELEÇÃO DE JUÍZES DE TRIBUNAIS CONSTITUCIONAIS E DIÁLOGO JUDICIAL: EXPERIÊNCIA EUROPEIA. Lex Humana (ISSN 2175-0947), 17(2), 108–130. Recuperado de https://seer.ucp.br/seer/index.php/LexHumana/article/view/3378

Resumo

Dadas as transformações ocorridas nos últimos anos, os processos de ampliação e a necessidade de responder ao processo acelerado de globalização, é duvidoso que os Estados possam continuar pensando, como fizeram no passado, em manter uma estrutura supranacional que fortaleça seu poder na esfera doméstica e lhes permita continuar sendo agentes importantes no processo de integração. A tensão entre o constitucionalismo e o europeísmo pode desaparecer em médio prazo se a Europa continuar a manter seu nível de desenvolvimento e prosperidade no contexto global. A principal função dos tribunais constitucionais é garantir a ordem constitucional. Essa garantia da Constituição, da qual eles são os principais intérpretes, é, em princípio, neutra com relação ao processo de integração europeia. A ligação entre a justiça constitucional e a Constituição significa que o processo de integração europeia só pode ser julgado sob as condições estabelecidas pela própria Constituição e de acordo com as características gerais da ordem constitucional nacional. Não é a mesma coisa, por exemplo, que a Constituição não contenha disposições específicas sobre o processo (como é o caso da Espanha), além de uma autorização geral para a adesão, e que, ao contrário, a Constituição estabeleça condições e limites (como é o caso da Alemanha). Também não é o mesmo que, por exemplo, a Constituição estabeleça limites para sua reforma por meio de uma autorização imaterial. Também não é o mesmo que, por exemplo, a Constituição estabeleça limites à sua reforma por meio de disposições de imaterialidade (como é o caso da Itália ou da Alemanha), nem que não preveja explicitamente tais limites. Os tribunais constitucionais desempenham um papel importante na realização do mínimo necessário de direitos, ou seja, na criação de um núcleo existencial que garanta segurança, legitimidade e proteção constitucional fora do Estado. Não se trata de uma tentativa de padronizar os direitos, muito menos de promover decisões judiciais padronizadas, mas de unificar e condensar sua proteção constitucional. Diante da vulnerabilidade dos direitos fundamentais no constitucionalismo global, os tribunais constitucionais estão cada vez mais engajados em uma espécie de processo de integração comunicativa em que racionalidades jurídicas são trocadas por meio do intercâmbio de decisões, o que é chamado de diálogo judicial internacional em sentido estrito. Este livro não apenas demonstra que a conversa entre cortes constitucionais tem uma estrutura, uma metodologia e pressupostos específicos, mas também propõe um procedimento razoável para sistematizar e operacionalizar a incorporação da jurisprudência internacional nas respostas constitucionais domésticas aos paradoxos jurídicos de nosso tempo: o processo de dialogismo judicial.

 

PDF/A (English)

Referências

A. Rodríguez, «¿Quién debe ser el defensor de la Constitución española? Comentario a la DTC 1/2004, de 13 de diciembre», Revista de Derecho Constitucional Europeo, nº 3, Enero-Junio de 2005. Dirección electrónica: http://www.ugr.es/~redce/.

A. Sáiz Arnaiz, La apertura constitucional al derecho internacional y europeo de los derechos humanos: el artículo 10.2 de la Constitución española, Consejo General del Poder Judicial, Madrid, 1999, p. 156 y ss.

Article 108, § 4 of the Constitution. URL: https://mapl.rks-gov.net/wp-content/uploads/2017/10/1.CONSTITUTION_OF_THE_REPUBLIC_OF_KOSOVO.pdf

C. Elías Méndez, “ El modelo constitucional austriaco desde la perspectiva de su interacción con el Derecho de la Unión Europea”, Revista de Derecho Constitucional Europeo, núm. 14, Junio-Diciembre de 2010, p. 154.

Callejón, F. B. (2010). As relações entre o Tribunal de Justiça da UE e os tribunais constitucionais nacionais dos Estados-Membros. Revista Brasileira De Direitos Fundamentais & Justiça, 4(13), 13–36.

Cass., ass. plén., 10-10-2001, Breisacher.

CDL-AD(2012)001, Opinion on Act CLXII of 2011 on the Legal Status and Remuneration of Judges and Act CLXI of 2011 on the Organisation and Administration of Courts of Hungary, §§57 and 58.

CDL-AD(2013)018, Opinion on the balance of powers in the Constitution and the Legislation of the Principality of Monaco, §86.

CDL-AD(2013)034, Opinion on proposals amending the draft law on the amendments to the constitution to strengthen the independence of judges of Ukraine, §38

CDL-AD(2018)028, Opinion on Constitutional arrangements and separation of powers and the independence of the judiciary and law enforcement of Malta, §30.

CM/Rec(2010)12, para. 44. See CDL-AD(2010)004, Report on the Independence of the Judicial System Part I: The Independence of Judges, §27; CDL-AD(2018)028, Opinion on Constitutional arrangements and separation of powers and the independence of the judiciary and law enforcement of Malta, §43.

Council of Europe, Fourth Evaluation Round, Corruption prevention in respect of members of parliament, judges and prosecutors, page 23, https://rm.coe.int/CoERMPublicCommonSearchServices/DisplayDCTMContent?documentId=090000 16806c323e

Decizia 2006/928/CE a Comisiei din 13 decembrie 2006 de stabilire a unui mecanism de cooperare și de verificare a progresului realizat de România în vederea atingerii anumitor obiective de referință specifice în domeniul reformei sistemului judiciar și al luptei împotriva corupției (JO 2006, L 354, p. 56, Ediție specială, 11/vol. 51, p. 55).

European Charter on the Status of Judges. Lisbon, 10 July 1998. URL: https://court.gov.ua/userfiles/05.pdf

F.M. Bombillar Sáenz, “ El sistema constitucional del Reino Unido”, Revista de Derecho Constitucional Europeo, núm. 15, Enero-Junio de 2011.

G. Martinico, O. Pollicino (eds.), The national judicial treatment of the ECHR and EU laws: a comparative constitutional perspective, cit., sobre todo p. 315.

Georges Vedel, « Réflexions sur les singularités de la procédure devant le Conseil constitutionnel », Nouveaux Juges, Nouveaux Pouvoirs ?, Mélanges en l’honneur de Roger Perrot, Dalloz, 1996, p. 537

Hotărârea din 18 mai 2021, Asociația „Forumul Judecătorilor din România” și alții, C-83/19, C-127/19, C-195/19, C-291/19, C-355/19 și C-397/19 (a se vedea de asemenea CP nr. 82/21).

Hotărârea în cauzele conexate C-357/19 Euro Box Promotion și alții, C379/19 DNA- Serviciul Teritorial Oradea, C-547/19 Asociaţia « Forumul Judecătorilor din România », C-811/19 FQ și alții și C-840/19 NC URL: https://curia.europa.eu/jcms/upload/docs/application/pdf/2021-12/cp210230ro.pdf

L. Hansen, O. Wæver, European Integration and National Identity. The Challenge of the Nordic States, Routledge, Londres, 2002.

M. Azpitarte Sánchez, “ El Tribunal Constitucional como máximo intérprete de la Constitución Nacional : su relación con el Tribunal de Justicia”, en A. CARMONA CONTRERAS (coord.), La Unión Europea en perspectiva constitucional, Aranzadi, Cizur Menor, 2008, p. 185 y ss.

M.T. Rörig, “ Austria”, en P. PASSAGLIA (coord.), Corti costituzionali e rinvio pregiudiziale alla Corte di giustizia, cit., p. 30 y ss., que remite a su vez a las reflexiones de A. POSCH, “ Community law and Austrian Constitutional law ” , Journal of International Constitutional Law, vol. 2, núm. 4, 2008, p . 27 2 y ss.

Malleson, K., ‘Introduction’, in K. Malleson and P. H. Russell (eds), Appointing Judges in an Age of Judicial Power: Critical Perspectives from Around the World (Toronto/Buffalo, NY/London: University of Toronto Press, 2006) 6.

Matthieu Febvre-Issaly «Un dialogue constitutionnel? La circulation d’une métaphore et quelques réalités juridiques contemporaines », Jus Politicum, n° 27 URL: http://juspoliticum.com/article/Un-dialogue-constitutionnel-La-circulation-d-une-metaphore-et-quelques-realites-juridiques-contemporaines-1453.html

NOU 2020: 11, section 11.5, page 111, https://www.regjeringen.no/contentassets/367acaf16a2941bfaf5e3b1ae7bfe95f/no/pdfs/nou20202020 0011000dddpdfs.pdf

Ot. Prp. Nr. 102, section 3.3, page 15, https://www.regjeringen.no/contentassets/2027ea6191c54bbdb5aca090124f660a/nnno/pdfs/otp200820090102000dddpdfs.pdf

P. Biglino Campos, “La primacía del derecho comunitario: la perspectiva española”, Revista General de Derecho Constitucional, núm. 3, 2007

P.J. Martín Rodríguez, “ La cuestión prejudicial como garantía constitucional: a vueltas con la relevancia constitucional del Derecho Comunitario”, Revista Española de Derecho Constitucional, núm. 72, 2004, p. 315 y ss.

Pascal Jan, « Le Conseil constitutionnel », La Nouvelle Ve République, Pouvoirs, n° 99, 2001, p. 74. Sur les relations de cause à effet entre décision du Conseil constitutionnel et révision constitutionnelle, voir Louis Favoreu, « Le Parlement constituant et le juge constitutionnel », Mélanges Pierre Avril. La République, Montchrestien, 2001, p. 235.

Retsplejeloven §43

See, in this sense, Robert Badinter, interview in Les Quarante Ans de la Fifth République, RDP, 1998, p. 1336. Of course, one can object that this is to bind France's position in the community negotiation in advance, but this would be for the benefit of the legal model that our law conveys. It is well worth another which is too often imposed on us by community texts.

Shcherbaniuk O.V., Bzova L.G. Reforming the Procedure for Selecting Judges of the Constitutional Court of Ukraine as a Condition for Integration into the European Union: Contextual and Conceptual Considerations. Law of Ukraine. 2023. № 7. С. 12-23.

Simona Farkašová. Constitutional aspects of the current reform of the selecting constitutional judges in the Slovak Republic and the comparative perspectives in Europe. Juridical Tribune Volume 11, Issue 2, June 2021 p.150-173.

T. Groppi, “ La «primauté» del Derecho europeo sobre el Derecho constitucional nacional: un punto de vista comparado ” , Revista de Derecho Constitucional Europeo, núm. 5, Enero-Junio de 2006, p. 225 y ss.

U. Jedliczka, “ The Austrian Constitutional Court and the European Court of Justice ” , Journal of International Constitutional Law, vol. 2, núm. 4, 2008, p. 301.

Creative Commons License

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.

Copyright (c) 2025 Lex Humana (ISSN 2175-0947)

Downloads

Não há dados estatísticos.