Resumo
Analisa-se a incidência da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais no setor público, com ênfase nos órgãos que integram a Administração Pública Indireta. A premissa básica é a existência de relação entre a hipótese legal do consentimento e a viabilidade da sua aplicação perante tratamento de dados pessoais realizados pelas entidades oriundas da descentralização administrativa. Por meio de método dedutivo descreve-se o que é estabelecido pela legislação, doutrina e materiais orientativos publicados pela Autoridade Nacional de Proteção de Dados. Conclui-se sobre as particularidades do tratamento de dados pessoais considerando a prerrogativa legal do consentimento e, ainda, compreendendo as soluções propostas à Administração Pública Indireta enquanto controladora ou operadora de dados pessoais
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