Abstract
A determinação do intervalo post-mortem (IPM) é essencial para a investigação policial, pois auxilia na diagnose diferencial e na reconstrução da cena e da dinâmica do crime. Além disso, o IPM é importante para questões sucessórias. Métodos clássicos e modernos são propostos para determinar a a data do decesso, mas a maioria carece de objetividade. De forma geral, os métodos são dependentes tanto de características e da forma da morte, quanto das condições ambientais, sobretudo do clima no local de encontro do cadáver. Dessa forma, por meio de pesquisa exploratória e descritiva, a partir de documentação indireta de fontes secundárias buscou-se realizar uma revisão sobre alguns métodos cronotanatognóticos. As limitações desses métodos, sobretudo quando aplicados em regiões de clima tropical foram apresentadas. Certo é que a elevada temperatura e umidade são fatores que influenciam os processos de decomposição cadavéricos e, assim dificultam a determinação correta e consensual do IPM. Assim, há muito que se desenvolver no campo de estudo do IPM, buscando-se metodologias mais eficázes e precisas, sobretudo aplicáveis às regiões tropicais.