Abstract
Através do enfoque interdisciplinar entre literatura, direitos humanos e filosofia, o presente trabalho pretende mostrar a relevância da estima de si como forma ideal de levar à superação da condição de vulnerabilidade da mulher. Objetiva-se destacar a literatura como um direito humano que conduz a uma educação emancipadora, propiciando o pensamento crítico e sensível sobre a realidade em que se vive. Para tanto, serão enfatizados os conceitos de estima de si, capacidade, vulnerabilidade e alteridade, presentes nos escritos de Paul Ricoeur, juntamente com a análise da crônica Não as matem, de Lima Barreto (1915), com aportes teóricos de autores que abordam a questão da violência e da vulnerabilidade, como Castor Bartolomé Ruiz e Fernanda Frizzo Bragato. Demonstra-se a importância da literatura como meio para a conscientização dos direitos humanos, buscando o conceito de estima de si na constituição do sujeito capaz como fator essencial para a formação ética, em especial, para a garantia da liberdade de toda mulher, digna de respeito e consideração.