NATÁLIA OU A ESCRITA DA TRAPAÇA
Abstract
Natália, obra de ficção de Helder Macedo publicada em 2009, apresenta-se sob a forma de um instigante diário cuja simplicidade linguística e estrutural contribuiria para a formação de um projeto de romance, e não exatamente de um romance, já que a narradora faz questão de negar a filiação daquilo que escreve à literatura. Partindo do conceito de trapaça discursiva, instituído por Barthes em sua aula inaugural no Collège de France, este trabalho se desenvolve a partir de quatro questionamentos sobre as supostas “verdades” registradas pelo discurso de Natália, a saber: o título da obra; a proposta literária da narradora autodiegética; o projeto de autognose por via da escritura; o final desinstalador e aparentemente sem inter-relação com a matéria enunciada.Downloads
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