CLOSE, POSE, ZOOM: Machado mágico em tempos de fisiologias

Autores

  • Valeria Rosito

Resumo

Estas anotações sublinham algumas das mudanças na economia do olhar, problematizadas pela pena machadiana em “Curiosidade” e “Capítulo dos Chapéus”, amostras produzidas em 1879 e 1883, respectivamente. A discussão dá relevo à autonomia do detalhe e à fantasmagoria do real em resultado [1] da implosão do sujeito pela aceleração dos modos de produção capitalista; [2] da substituição deste sujeito por sua imagem e pela inserção de sua imagem e de suas marcas no mercado de trocas; e [3] das novas formas de narrar adventícias da fotografia e da experiência urbana. Num esforço comparativista, trazemos ao diálogo os contextos literários forjados por Poe em “O homem da multidão” à luz do pensamento de Benjamin, sobre a técnica e a arte e de Lukács sobre o processo de reificação. Atentamos, ainda que brevemente, para a notável transfiguração da prosa literária de finais do século XIX, promovida por Machado de Assis em vista da interlocução estabelecida com seus contemporâneos.

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