FRAGMENTOS DO REAL NA LITERATURA: A REALIDADE A SERVIÇO DA FICÇÃO EM AGOSTO DE RUBEM FONSECA

Autores

  • Leonardo Barros Medeiros

Resumo

Observa-se que a representação da realidade como instrumento da criação literária é uma tendência gradativa no cenário literário universal. Tal fenômeno pode ser percebido por meio da propagação de romances biográficos, históricos, biografias, memórias e confissões pelo mercado editorial. O amálgama da história atrelada à ficção é o tema gerador desta pesquisa que, procura estabelecer um limite entre essas duas forças, de maneira especial dentro da produção literária de Rubem Fonseca, no século XX. Fonseca instaura em sua literatura uma peculiaridade no que tange à temática, que é a de, geralmente, ser formada por aspectos criminais, inaugurando a literatura urbana moderna no Brasil, uma produção que é distinguida pela crítica e, mesmo que brevemente, estudada pela academia, tendo em vista que Rubem Fonseca é um escritor contemporâneo e em processo de produção, com seu último romance publicado em novembro de 2009. Ao escrever uma obra de ficção, é comum aos autores recorrerem a diversos recursos que lhes possibilitem gerar um livro. Esta pesquisa proporciona visualizar a história como suporte para a criação literária, pois sabemos que poucos estudiosos debruçam-se sobre a análise da temática da história atrelada à ficção. Escolhemos para fazer uma maior análise o romance Agosto, que versa sobre os dias que antecederam o suicídio do presidente Getúlio Vargas. E, para concluir o trabalho, fazemos um levantamento das principais referências históricas dentro da obra, ou seja, alusões ao longo da trama a cenários reais, a personalidades importantes da década de 50, a jornais e revistas em circulação na época, bem como a filmes exibidos naquele momento.

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Publicado

2016-05-23

Edição

Seção

Érato