TY - JOUR AU - Pinto, Felipe Gonçalves PY - 2019/01/03 Y2 - 2024/03/28 TI - Phantasia e movimento no tratado Dos Sonhos de Aristóteles JF - Synesis (ISSN 1984-6754) JA - SYN VL - 10 IS - 2 SE - Artigos DO - UR - https://seer.ucp.br/seer/index.php/synesis/article/view/1597 SP - 55-75 AB - <p>Este artigo analisa a descrição da fisiologia do sonhar no <em>De insomniis</em> em vista de esclarecer a relação entre a <em>phantasia</em> e os movimentos que, segundo Aristóteles, condicionam o aparecimento dos sonhos. Encontra-se no livro III do <em>De anima</em> a mais conhecida abordagem aristotélica acerca da noção de <em>phantasia</em>. Trata-se do capítulo 3, em que Aristóteles a define como "movimento proveniente da sensação em exercício". Por outro lado, não são raras as ocasiões no corpus aristotélico, em que a <em>phantasia</em> é abordada em contextos específicos de investigação, como a ação humana, o movimento dos animais, a memória, o desejo e os sonhos, seja em outros capítulos do <em>De anima</em> seja alhures. No tratado <em>De insomniis</em>, por exemplo, nos deparamos com uma extensa digressão sobre os aspectos fisiológicos da formação e da emergência dos <em>phantasmata</em> durante o sono. Nesse tratado, Aristóteles utiliza a expressão <em>kineseis phantastikai</em> para descrever os movimentos que acompanham a ocorrência dos sonhos.  e apresentar uma interpretação sobre o que caracteriza os movimentos fantásticos aos quais se refere Aristóteles. O presente texto tem por objetivo apresentar os resultados da análise das descrições fisiológicas da <em>phantasia</em> em <em>De insomniis</em>, interrogando em que medida elas contribuem para esclarecer o conceito aristotélico e abrindo caminho para o estudo do tratado <em>De divinatione per somnum</em>.</p> ER -