% Template for submitting a manuscript to the Journal of Engineering of Catholic University of Petropolis. % version 2.0 dated 28 August 2012. % This file was adapted from cilamce 2011. 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S. S. Rangel} \author[2]{Luciano S. Rangel} \author[3]{Leonardo T. Stutz} % \affil[1 2]{Instituto do Noroeste Fluminense de Educação Superior, Universidade Federal Fluminense, Santo Antônio de Pádua, 28470-000, RJ, Brasil} % %\affil[2]{Instituto do Noroeste Fluminense de Educação Superior, Universidade Federal Fluminense, Santo Antônio de Pádua, %28470-000, RJ, Brasil} \affil[3]{Instituto Politécnico, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Nova Friburgo, 28630-050, RJ, Brasil} %% NOTE: IF ALL AUTHORS BELONG TO THE SAME AFFILIATION %% USE THE `\voidaffil' MACRO FOR THE AFFILIATION CODE. %% Example: %% \author[\voidaffil]{First A. Author} %% \author[\voidaffil]{Second B. Author} %% \author[\voidaffil]{Third C. Author} %% \author[\voidaffil]{Fourth D. Author} %% % %% \affil[\voidaffil]{CEC, Department of Engineering and Computation, %%Petrópolis Catholic University, Petrópolis, 25.685-070, RJ, Brazil} \begin{document} \vspace{3cm} \maketitle %E-mail Addresses: Put here! \let\oldthefootnote\thefootnote \renewcommand{\thefootnote}{\fnsymbol{footnote}} \footnotetext[1]{ E-mail addresses: \url{isilva@iprj.uerj.br}, \url{lrangel@iprj.uerj.br}, \url{ltstutz@iprj.uerj.br} .} \let\thefootnote\oldthefootnote \def\abstractname{Resumo} \def\keywordsname{Palavras Chave} \begin{keywords} Identificação de danos estruturais, Frequências naturais, Modelo de superfície de resposta, Evolução diferencial. \end{keywords} \begin{abstract} No presente trabalho, aborda-se a identificação de danos estruturais, sendo esta, uma questão de fundamental importância na engenharia, visto que uma estrutura está sujeita a processos de deterioração e a ocorrência de danos durante a sua vida útil. Na formulação do problema de identificação de danos utilizou-se o Modelo de Superfície de Reposta (MSR) em substituição a um Modelo de Elementos Finitos (MEF) da estrutura. No presente trabalho, a identificação de danos estruturais considera o ajuste de um MSR da estrutura, objetivando-se a minimização de uma função de erro definida a partir das frequências naturais experimentais e das correspondentes frequências previstas pelo MSR. Estuda-se o problema de identificação de danos estruturais em uma viga de Euler-Bernoulli simplesmente apoiada. No processo de identificação de danos, do presente trabalho, são avaliados os tipos de superfícies de resposta, Linear (LI), Quadrático sem interação entre os parâmetros (QP) e Quadrático com interação entre os parâmetros (QI). A utilização do método Evolução Diferencial (ED) no problema inverso de identificação de danos é considerado. Frente aos resultados numéricos obtidos, a estratégia adotada mostrou-se capaz de localizar e quantificar os danos com acurácia. \end{abstract} \section{INTRODUÇÃO} A identificação de danos estruturais é uma questão de fundamental importância na engenharia, visto que uma estrutura está sujeita a processos de deterioração e a ocorrência de danos durante a sua vida útil. A presença de danos compromete o desempenho e a integridade estrutural, podendo colocar vidas humanas em risco e resultam em perdas econômicas consideráveis. O contínuo monitoramento da estrutura e a identificação de danos num estágio inicial contribuem para a redução dos custos de manutenção e de reparo, além de aumentar sua confiabilidade e sua vida útil. Neste caso, análises numéricas e experimentais podem ser realizadas com intuito de fornecer recursos para uma correta avaliação da integridade da estrutura, podendo assim, estabelecer critérios da utilização da estrutura com segurança. Os métodos de identificação de danos geralmente são baseados em: dados modais (análise modal), dados no domínio do tempo e dados no domínio da frequência. Os métodos de identifica- ção de danos estruturais e monitoramento de estruturas fundamentadas no domínio modal - domínio contendo os parâmetros modais da estrutura, quais sejam: frequências naturais, razões de amortecimento e formas modais - são constantes na literatura especializada, com aplicações bem sucedidas nas engenharias mecânica, civil e aeroespacial \citep{Tomaszewska}. O presente trabalho considera parâmetros modais da estrutura, especificamente, as frequências naturais não amortecidas. Técnicas de identificação de danos estruturais e monitoramento de estruturas fundamentadas no ajuste de um MEF são constantes na literatura especializada. No entanto, a obtenção de um problema geralmente mal posto e o elevado custo computacional, inerente a essas técnicas, limitam ou até mesmo inviabilizam a sua aplicabilidade em estruturas que demandam um modelo de ordem elevada. Para contornar essas dificuldades, pode-se utilizar o MSR em substituição a um MEF da estrutura, onde o MSR apresenta como vantagem a redução do custo computacional para a solução de problemas inversos de identificação de danos \citep{FangPerera}. No presente trabalho, a identificação de danos estruturais considera o ajuste de três MSR da estrutura, sendo eles, Linear (LI), Quadrático sem interação entre os parâmetros (QP) e Quadrático com interação entre os parâmetros (QI), objetivando-se a minimização de uma função de erro definida a partir das frequências naturais experimentais e das correspondentes frequências previstas pelos MSR. Utilizou-se os três tipos de MSR com intuito de verificar qual tipo de MSR representa de forma mais acurada a relação entre os parâmetros de coesão e as frequências naturais da estrutura. O conteúdo deste trabalho está organizado como se segue. Na formulação do problema direto é apresentado o modelo matemático utilizado para descrever o dano estrutural, assim como o problema de autovalor-autovetor, necessário para a obtenção das frequências naturais da estrutura. No Modelo de Superfície de Resposta é descrita a base teórica deste, apresentando a técnica de \emph{Projetos de Experimentos}. Na formulação do problema inverso é apresentada, de forma sucinta, o problema de identificação de danos a ser resolvido. Nos resultados numéricos analisa-se o comportamento da viga de Euler-Bernoulli simplesmente apoiada, em função da localização e da intensidade do dano, e são apresentados os resultados, utilizando o método estocástico Evolução Diferencial (ED), do problema de identificação de danos considerado. Por fim, são apresentadas as conclusões obtidas e são realizadas algumas sugestões para trabalhos futuros. \section{FORMULAÇÃO DO PROBLEMA DIRETO} Na estratégia de identificação de danos adotada, a integridade da estrutura é considerada como sendo continuamente descrita, no domínio do corpo, por um parâmetro estrutural denominado \emph{parâmetro nodal de coesão} ($\beta$) \citep{Stutz}. Este parâmetro está relacionado com a ligação entre os pontos materiais e pode ser interpretado como uma medida do estado de coesão local do material, onde $0\leq\beta\leq1$. Se $\beta = 1$, considera-se que todas as ligações entre os pontos materiais foram preservadas, ou seja, não há defeito na estrutura. Se $\beta = 0$, considera-se uma ruptura local, pois todas as ligações entre os pontos materiais foram desfeitas. Neste trabalho, considerou-se que o dano afeta apenas as propriedades elásticas da estrutura, hipótese comumente adotada na literatura. Deste modo, a matriz de rigidez do MEF da estrutura pode ser escrita como \begin{equation}\label{eq:rigidezfuncaobeta} \K(\beta)=\int_\Omega \beta(x)E_0 I_0\mathbf{H}^T(x)\mathbf{H}(x)d\Omega, \end{equation} \noi onde $\mathbf{H}$ é o operador diferencial discretizado, $E_0$ e $I_0$ são, respectivamente, os valores nominais do módulo de elasticidade e do momento de inércia de área e $\beta$ representa o campo de coesão no domínio elástico $\Omega$ da estrutura. Deve-se enfatizar que a discretização do campo de coesão $\beta$ não depende da discretização do campo de deslocamentos, de forma que diferentes malhas podem ser adotadas. A partir da Eq. (\ref{eq:rigidezfuncaobeta}), tem-se que a rigidez à flexão ao longo da viga é dada por \begin{equation}\label{eq:elasticidadeInerciaBeta} E(x)I(x)=\beta(x)E_0I_0. \end{equation} Portanto, o parâmetro de coesão representa qualquer alteração, provocada pela presença de danos estruturais, na rigidez à flexão da estrutura. Por simplicidade, considerando-se uma viga de seção transversal retangular e com módulo de elasticidade uniforme, o campo de coesão pode ser escrito como \begin{equation} \beta(x) = \left(\frac{h(x)}{h_0} \right)^3, \label{eq:campoCoesao} \end{equation} \noi onde $h_0$ e $h(x)$, indicam, respectivamente, a espessura nominal e a espessura da viga na posição $x$. O vetor de parâmetros nodais de coesão é definido como \begin{equation} \mathbf{\vb} = [\beta_1, \beta_2, \ldots, \beta_{np}]^T, \label{eq:vetorParametros} \end{equation} \noi onde $np$ é o número total de parâmetros de coesão do modelo. Portanto, considerando-se as Eqs.~(\ref{eq:campoCoesao}) e (\ref{eq:vetorParametros}), nos nós defeituosos tem-se $h(x) / h_0 < 1$, e nos nós onde não há danos, tem-se $h(x) / h_0 = 1$. No presente trabalho as frequências naturais não-amortecidas serão utilizadas no problema de identificação de danos estruturais, sendo estas, obtidas a partir do seguinte problema de autovalor-autovetor generalizado, escrito na forma matricial como \begin{equation} \mathbf{K}\mathbf{\Phi} = \mathbf{M}\mathbf{\Phi}\mathbf{\Lambda}, \label{eq:formaModal} \end{equation} \noi onde $\mathbf{K}$ é a matriz de rigidez, $\mathbf{M}$ é a matriz de massa e as matrizes modais $\mathbf{\Phi}$ e $\mathbf{\Lambda}$ constituem, respectivamente, a matriz de autovetores e autovalores \citep{MEIROVITCH}, dadas por \begin{equation} \begin{split} &\mathbf{\Phi} = [\mathbf{\Phi}_1 \quad\mathbf{\Phi}_2\quad \ldots\mathbf{\Phi}_n]\\ &\mathbf{\Lambda} = diag(\omega^2_{i}), \quad i = 1, \ldots , n \end{split}\label{eq:matrizModalMatrizLambida} \end{equation} \noi onde $\mathbf{\Phi} _i$ representa a i-ésima forma modal da estrutura e $\omega^2_{i}$ sua correspondente frequência natural não-amortecida. \section{MODELO DE SUPERFÍCIE DE RESPOSTA} No MSR, relações explícitas são definidas entre parâmetros da estrutura --- no caso especial de identificação de danos, os parâmetros nodais de coesão --- e respostas de interesse. Desta forma, seja no domínio do tempo ou da frequência, para uma dada resposta escalar $y$, tem-se \begin{equation}\label{eq:rsm_fbeta} y=f(\beta_1, \beta_2, \ldots, \beta_{np}) + \varepsilon, \end{equation} \noi onde $f(\beta_1, \beta_2, \ldots, \beta_{np})$ representa a relação entre a resposta e as variáveis independentes e $\varepsilon$ sendo o resíduo. Em geral, os fatores (parâmetros do modelo) são codificados como, \begin{equation}\label{eq:rsm_normalization} x_i=\frac{\beta_i - \left(\beta_{min}+\beta_{max}\right)/{2}}{\left(\beta_{max}-\beta_{min}\right)/{2}}, \qquad i = 1, 2, \ldots, np \end{equation} \noi tal que $x_i\in[-1,1]$. Dessa forma, a Eq.~(\ref{eq:rsm_fbeta}) pode ser reescrita como \begin{equation}\label{eq:rsm_fx} y=f(x_1, x_2, \ldots, x_{np}) + \varepsilon. \end{equation} Na maioria dos casos, desconhece a relação entre a resposta e as variáveis independentes. Esta relação pode ser aproximada por polinômios de baixa ordem em algumas regiões relativamente pequenas do espaço definido pelas variáveis independentes, sendo então comumente utilizados modelos de primeira ou segunda ordem. Em geral, descreve-se o modelo de segunda ordem como \begin{equation}\label{eq:msrQuadratica} y = b_0 + \sum_{i=1}^{np}b_ix_i + \sum_{i=1}^{np}b_{ii}x_i^{2} + \sum_{i