IDENTIFICAÇÃO DOS PIGMENTOS E DAS QUANTIDADE DE CALCINAÇÕES NA PRODUÇÃO DOS VIDRADOS DE AZULEJOS IMPORTADOS DOS SÉCULOS XVII E XVIII EM PERNAMBUCO, BRASIL

Autores

  • Pablo Góes UFPE
  • Eudes de Arimatéa
  • Maurílio Amâncio de Moraes
  • Paulo Martin Souto Maior

Resumo

A fim de entender quais os materiais e processos foram empregados na fabricação dos vidrados de azulejos portugueses dos séculos XVII e XVIII em Pernambuco este estudo caracterizou química e mineralógica 11 fragmentos, onde se verificou a manutenção dos mesmos minerais, mas com variação nas quantidades. Por meio de ensaios de fluorescência de raios X e difração de raios X identificou-se que os pigmentos empregados na coloração dos vidrados foram o antimônio, (Sb), responsável pela cor amarela, o manganês, (Mn), pela coloração marrom avermelhado, e o azul que utilizou cobalto, (Co). E para a base vítrea (frita), a base de sílica, chumbo, potássio e estanho, se aplicaram as demais cores. Através da microscopia ótica registrou-se uma interface bem definida entre a chacota e o vidrado nos dois séculos. Entretanto, identificou-se nas amostras duas situações; uma com camadas minerais bem definidas e outra com percolação entre as elas. Para identificar a causa desses dois padrões de vidrados e da interação com a chacota realizaram-se reproduções a partir das informações obtidas nos fragmentos históricos. O objetivo foi identificar quais a consistência, a temperatura e quantidade de queimas na fabricação dos vidrados geram as duas situações identificadas nos fragmentos históricos. Assim, identificou-se que os minerais do vidrado percolaram quando se realiza apenas uma queima. Por outro lado, quando as camadas e as queimas são realizadas em duas etapas não há percolação mineral.

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Publicado

02-09-2025

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Artigos